Meu Deus
Nem sei mais se sou ateu
Mas já estou começando a enlouquecer
Sem a vontade de viver
Nem a vontade de fuder
Aqui quem fala é um homem
Não mais um moleque
Aqui quem fala é um desesperado
Não mais um sonhador
Um lobo desgarrado
Preso entre quatro paredes
Sem poder beber
Ou roer um osso
Não sinto mais prazer nem em transar
O que me resta então?
Matar?
Para alcançar minha existência?
Morrer para deixar de existir
Ou apenas sentar e assistir
Nosso querido mundo monstro
Nos consumir
Como um cigarro que eu daqui a pouco vou ascender
Tem horas que eu confesso
Chega até ser difícil entender
Dias que você acorda sem vontade de viver
Sem vontade de acordar
Com vontade de morrer
Será a depressão que me abate?
Será mais um triste e monótono dia?
Ou será que realmente estou ficando velho?
Com os cabelos grisalhos
Seria melhor morrer antes então?
Sem se tornar um puto velho, cagado e broxa?
E se eu me refiro assim
É por que todos vão se referir assim de mim pelas costas
Enfim...
Só sei que não sei porra nenhuma
Nem o dia de amanha
Nem o que fiz bêbado demais
Só sei que a garrafa vai chegando ao fim
E aquele cigarro espera por mim.
Guilherme "Panda" Secchi de Oliveira
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