Dias vem
Dias vão
Cai a noite
Só me resta a solidão
Palavras ecoam
Promessas me cobram
E eu me pego se perguntando
Se tudo está bem
Por que os sinos dobram?
Saio por ai
Debaixo da fina chuva
Penso no passado
Esqueço do presente
Não tenho futuro
As promessas me cobram
E eu continuo me perguntando
Se está tudo bem
Por que os sinos dobram?
Entre lagrimas que caem
Soluços que se vão
Mais uma vida foi perdida sem razão
Uma mãe que ora
Para se prender em uma ilusão
Um pai que chora
Farto de tanta desilusão
E a essas horas
Todos se perguntam
Por que os sinos dobram
E na fria noite
A Sra.Morte se revela
Em um grito abafado
Em uma rua ou em uma viela
La está mais um pecado
Descendo pelo esgoto
Junto com a chuva que cai nos meus ombros
Fazendo minha camisa pesar mais que minha culpa
Eu poderia impedir
Mas não quis
E agora penso em uma desculpa
Para uma mãe que vai orar
E para um pai que vai chorar
Volto pra casa
E na escuridão uma promessa começa a me cobrar
Mas nesta noite
Eu sei por quem os sinos vão dobrar.
Guilherme Secchi de Oliveira
Inspirado na obra de Ernest Hemingway "Por quem os sinos dobram"
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